sábado, 27 de junho de 2009

RELATÓRIO DA AULA DE ALFABETIZAÇÃO


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO- FACED/PROJETO IRECE
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA- SÉRIES INICIAIS/ENSINO FUNDAMENTAL.
CICLO DOIS
ATIVIDADE- 2216- Alfabetização
CURSISTAS- Macicleide S. Pires, Daniela Alecrim, Marizete Macêdo, Cristina Aleluia e Claudjane Barbosa.

INTRODUÇÂO


No início dos anos 1980, pesquisas da educadora argentina Ana Teberosky mostraram como é produtivo agrupar os pequenos com colegas que apresentam hipóteses diferentes (mas próximas) sobre leitura e escrita. Apesar de tudo isso poucos professores utilizam os grupos de forma criteriosa.

Hoje, um dos núcleos de destaque na investigação sobre a interação é integrado Por César Coll, da Universidade de Barcelona, que, entre outros aspectos, estuda o papel do professor. Segundo ele, cabe ao educador criar condições para que os alunos realizem o trabalho com os próprios instrumentos e manter o agrupamento sempre produtivo. (Nova Escola 2009 p. 37)

O objetivo desta atividade é proporcionar aos alunos do 2º ano –(1ª série) da professora Luciene Rodrigues da Escola Sinésia Caldeira Bela, a lerem e escreverem a parlenda “O Rei Capitão”.


Inicialmente foi feito um diagnóstico das hipóteses de leitura e escrita individuais de cada aluno, em seguida o planejamento da atividade com os agrupamentos mediante as suas escritas. No final a aplicação da atividade em sala e o acompanhamento dos resultados obtidos através das observações e registros escritos das professoras cursistas.

RELATO DE OBSERVAÇÃO NO DIAGNÓSTICO DE LEITURA E ESCRITALUCIANA


É uma aluna que tem um pequeno repertório de letras, porém tem consciência de que as palavras são formadas por sílabas. Sendo assim, ela já faz um controle de quantidade de letras ao registrar as palavras.

JEFERSON

O aluno Jeferson tem amadurecimento e consciência de que as palavras compõem em sílabas e que todas as escritas que ele fez faltavam letras, pois ele não conhecia todas as letras e justificava sempre que estava registrando os pedacinhos errados. Escrevia com segurança apenas as vogais e as consoantes: L, J, B, P e V que conhecia.


CLEILTON

Ele já da conta e tem segurança de escrever palavras se preocupando com a relação da linguagem oral e escrita.Ao ler a frase, ele leu a primeira palavra justificando em sílaba e as outras, leu de forma linear sem decodificar.Ao escrever palavras se preocupou com a quantidade de sílabas, sabe que uma sílaba não tem apenas uma letra e relaciona a sua leitura com o que escreve.


PAULO HENRIQUE

Esse aluno demonstrou-se bastante atento e envolvido com a realização do diagnóstico. Ao registrar a palavra lapiseira ele fez uma pergunta referente à sílaba sei se era escrita com S ou com Z, de modo que fez o registro usando a letra Z relacionando a sua leitura ao som da letra.

ALISSON

Alisson apresenta escrita pré-silábica, reconheceu todas as letras que escreveu na palavra proposta pela professora. Ao ler não apontou as sílabas nem as letras, leu a escrita inteira. Ao pedir para escrever a frase “Comprei o caderno na papelaria” ele disse que não sabia fazer, e na verdade nem mesmo conseguiu repetir a frase oralmente. Na escrita que ele fez da frase, leu apenas “comprei caderno”.

PLANEJAMENTO DE AULA


Na avaliação diagnóstica que fizemos com os 20 alunos presentes na sala da professora Luciene, encontramos seus alunos assim:
- 2 alunos com hipótese pré-silábica
- 3 alunos com hipótese silábica sem valor sonoro
- 3 alunos com hipótese silábica com valor sonoro
-7 alunos com hipótese silábica - alfabética
- 5 alunos com hipótese alfabética

OBJETIVO:

Refletir sobre o sistema de escrita, a partir dos desafios propostos pelo encaminhamento.

PROPOSTA 1: Leitura da parlenda Rei Capitão...

Encaminhamento da atividade:1-Distribuir para cada dupla a parlenda dividida em palavras ( cada palavra em um cartão).2-Propor a cada uma das duplas que organize a parlenda para que fique na ordem em que todos cantaram.3-Informar que não poderão sobrar palavras, pois todas pertencem à parlenda.

Duplas de trabalho:

David (escrita silábica com valor sonoro)Luciana (escrita silábica sem valor sonoro)
Marcos (escrita silábica - alfabética)Jeferson (escrita silábica com valor sonoro)
Cleilton (escrita silábica – alfabética)Maxuel (escrita silábica com valor sonoro


PROPOSTA 2:Escrita da parlenda Rei Capitão...

Encaminhamento da atividade:1-Distribuir para cada dupla as letras móveis previamente selecionadas pelo professor (oferecer somente as letras que de fato fazem parte da parlenda).2-Propor que escrevam a parlenda utilizando todas as letras ali disponíveis, sem deixar sobrar nenhuma.

Duplas de trabalho:

Janiele (escrita alfabética) Mateus (escrita alfabética)
Paulo Henrique(escrita alfabética) Hugo (escrita alfabética)
Etiene (escrita silábica - alfabética)Ester (escrita alfabética)


PROPOSTA 3 - Escrita da parlenda Rei Capitão...

Encaminhamento da atividade:1-Distribuir para cada dupla em conjunto de letras móveis.2-Propor que escrevam a parlenda considerando o seguinte critério: Cada aluno da dupla coloca uma letra, justifica o que já está escrito até ali e passa a vez para o colega que continua a escrita, colocando outra letra e justificando. E assim sucessivamente.

Duplas de trabalho:

Alisson (escrita pré-silábica)Thalita (escrita silábica sem valor sonoro)
Tamires (escrita silábica - alfabética) Kátia (escrita silábica sem valor sonoro)
Anderson (escrita silábica – alfabética) Marimel (escrita silábica - alfabética)

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

Depois da aula com a professora Geovane Zen, já tínhamos em mente o conteúdo a ser trabalhado em sala com os alunos e os objetivos específicos da atividade.


Como na escola Sinésia Caldeira Bela só há uma sala de grupo 07 (2º ano), tivemos que distribuir os 20 alunos presentes na turma para os cinco professores cursistas realizarem o diagnóstico inicial da atividade para verificar o nível de conhecimentos de cada aluno individualmente, pois como diz César Coll “A aprendizagem sempre tem como base conceitos, concepções, representações e conhecimentos construídos durante as experiências prévias dos estudantes.


O diagnóstico inicial com nomes e frases de materiais escolares foi o que nos deu apoio para montar os grupos e realizar a atividade “O Rei Capitão” de forma produtiva.Cada professor cursista ficou responsável para diagnosticar a leitura e a escrita de 5 alunos, e numa sala reservada para este trabalho fomos atendendo cada um individualmente e fazendo os registros necessários numa folha a parte mediante as suas ações. Eles fizeram a escrita e a leitura da palavra à sua maneira.


Percebemos que a maioria dos alunos demonstraram mais dificuldades na escrita da frase : “ Comprei o caderno na papelaria”.No dia 13-04-2009 realizamos a atividade na sala com as três propostas. Neste momento tivemos que fazer alguns ajustes nos agrupamentos, pois faltaram 2 alunos 1 pré-silábico (Ingrid) e 1 silábico alfabético (Tássila).


Como não tínhamos outras opções agrupamos Marimel e Kátia, mesmo sabendo que Kátia é silábica sem valor e Marimel silábica alfabética. Como Kátia é muito esperta e já observa o som das letras a atividade foi desafiadora para a dupla.Para darmos mais assistência aos alunos, trabalhamos também em duplas.

A professora Claudjane acompanhou os alunos da primeira proposta, Macicleide e Marizete ficaram com os alunos da segunda proposta e Daniela e Cristina Aleluia com os da terceira, como constam em anexo A. Acompanhamos todas as duplas, porém relatamos apenas as que apresentaram maiores dificuldades para escrever a parlenda:Com a dupla Davi e Luciana na proposta 1, observamos que Davi já percebe a letra inicial e a letra final. Já Luciana nas vezes que se arriscou a pegar a palavra justificava sem noção alguma da letra final e inicial.


Eles tiveram dificuldades na hora de identificar a palavra capitão, pois entraram em conflito com a palavra coração porque as duas palavras começam com c e terminam com ao.

Com a intervenção da professora: - observem a escrita das duas palavras e leiam o início de cada uma. Davi leu co em coração e ca em capitão e assim descobriu a palavra pela sílaba inicial.Na proposta 2 os alunos tiveram como grandes desafios as questões ortográficas principalmente nas letras L, U, R e S. Janiele e Paulo Henrique escreveram a parlenda assim: REI CAPITÃO CODADO LADÃO MOÇU BONITO DO MEL CORAÇA. Sobraram as letras R e O.


Com a intervenção para que lessem com cuidado as palavras, Janiele percebeu que faltava a letra o em coração e Paulo Henrique, que faltava o R em ladrão, mas se embaralhou ao encaixar esta letra, Janiele que foi mais rápida buscou a letra e pos antes da sílaba ao.As palavras codado, ladão, moçu e mel que eles tinham escrito também precisavam de intervenções. Foi através do som de cada sílaba e da leitura lenta da palavra, que eles perceberam que algumas letras estavam trocadas e que no início da palavra soldado se ler sol e não col.

Ao observar a escrita de Thalita e Anderson na proposta 3, percebemos que eles tinham muitas dificuldades e insegurança na escolha das letras para cada palavra. Ao justificar as letras escolhidas eles liam a palavra e a parlenda novamente, se preocupando com o som e a escrita de cada palavra. Eles pensavam bastante nas escolhas e só colocavam as letras que tinham segurança.


CONSIDERAÇÕES FINAIS:


Ao aplicar esta atividade na sala de aula, percebemos a grande importância que tem em conhecermos antecipadamente o nível de leitura e escrita dos alunos, pois o diagnóstico inicial foi essencial para fazermos os agrupamentos de forma produtiva.

Levar para a sala de aula uma atividade com diferentes propostas considerando o nível de aprendizagens dos alunos e definir as duplas de trabalho a partir do que eles sabem a respeito da escrita levou-nos a compreender que é desafiador realizar esta atividade com todos os alunos desde os pré-silábicos até os alfabéticos, pois vimos que ela traz grandes contribuições também para o professor, ajudando-o a analisar a sua prática, organizar o seu planejamento e pensar em intervenções que levem os alunos a questionar o que ele está lendo e escrevendo.Com mais de um professor na sala ficou mais fácil aplicar esta atividade, pelo fato de termos condições de atender a todos os alunos utilizando as intervenções necessárias para que a atividade proposta fosse realizada com êxito.

Falar de alfabetização em nosso país é extremamente difícil, principalmente quando temos de alfabetizar em comunidades onde o percentual de pais analfabetos é muito grande e os alunos não têm acesso a materiais de apoio a não ser dentro das salas de aula; porém sabemos que também não é impossível desde que todos os envolvidos estejam engajados nesse processo. O professor é essencial, no entanto não deve ser o único responsável; cabe a ele repensar sempre a sua prática e planejar atividades desafiadoras acreditando que o aluno pode aprender independentemente de sua condição social.

RERÊNCIAS

MARTINS, Ana Rita; SANTOMAURO, Beatriz; BIBIANO, Bianca - Trabalho em grupo: Como agrupar meus alunos? Revista Nova Escola. Ano XXIV, n. 220, mar. 2009.PROFA – Análise de atividade de alfabetização, 2002- M2 U5 T4.
Universidade Federal da Bahia-UFBA
Faculdade de Educação-FACED
Curso de Licenciatura em Pedagogia-Ensino Fundamental/Series Iniciais
Ciclo: 02.2009
Atividade: Oficina de Software Livre
Professora: Maria Helena Bonilla
Cursistas: Consuelia Pereira Magalhães, Daniela Alecrim da Silva, Maricélia Alecrim da Silva



O software Livre surge, então da necessidade de abandonarmos o velho papel de meros usuários da tecnologia e passarmos a desenvolvê-la e usá-la para o bem de todos.
Cartilha de Software Livre


Relatório de campo da oficina de Software Livre

O termo em Inglês para Software Livre é Free Software, o que pode gerar muita confusão, pois a palavra Free, da língua inglesa, tanto pode ter o sentido de gratuidade quanto o sentido de liberdade. Na Cartilha de Software Livre... ( 2005, p.15), diz que:


Software Livre refere-se precisamente a quatro tipos de liberdade para o usuário do programa: A liberdade para executar o programa com qualquer propósito.
A liberdade para estudar como o programa funciona e adaptá-lo as suas necessidades. Acesso ao código fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
A liberdade de redistribuir cópias de modo que você beneficie o próximo.
A liberdade para melhorar o programa e distribuir suas melhorias para o publico em geral, de maneira que toda a comunidade possa se beneficiar disto. Acesso ao código fonte é um pré-requisito para que isto aconteça.

O SL é um programa aberto que pode ser utilizado segundo os termos na licença GPL, permitindo aos usuários o livre acesso para distribuir cópias, com ou sem modificações, cobrando ou não por este ato.Além disso, não pode ser possível para o autor do programa revogar esta liberdade. Se isto puder acontecer, o programa deixa de ser livre.

Não há problema algum em cobrar para distribuir Software Livre, desde que o usuário tenha sempre a liberdade de copiá-lo e modificá-lo, sem solicitar permissão para qualquer pessoa que seja. Apesar disso, podem existir regras restritivas, desde que estas não entrem em conflito com as quatro liberdades. O Copyleft por exemplo, é uma regra restritiva que garante que estas liberdades sempre existam.


No mês de Abril de 2009, fizemos várias pesquisas de campo sobre o uso de Software Livre em Irecê. Segundo o Plano Diretor no projeto de Implantação Software Livre que foi aprovado pela lei 15/2008 em 31/12/2008 no seu capitulo VIII Da Ciência e da Tecnologia, Art. 15 no inciso III propõe: Implantar o uso de Software Livre no município, como política pública voltada á universalização da inclusão digital; portanto o inciso V do mesmo artigo, reforça: Implantar programa de suporte ao uso do Software Livre no município. De acordo com o Projeto de Implantação...(2008) traz os seguintes objetivos:


Identificar as necessidades e elencar às prioridades através da interação com a comunidade, além da pesquisa inicial, visando produzir projeto coletivo de implantação do Software Livre na cidade de Irecê.
Produzir projeto em consonância com as políticas publicas, adotada no município em relação ao uso de Software Livre, com as ações correspondentes em todo o projeto Irecê envolvendo todos os seus segmentos sociais.
Realizar concursos, oficinas, projetos e comunicação de experiências locais em eventos na área de SL, inclusão digital e tecnologia da informação e comunicação mobilizando a comunidade local, projetando um cenário nacional e fortalecendo suas bases tecnológicas edificadas a partir da filosofia e utilização prática de SL.

Entre 2004 e 2005 foram realizadas várias ações em Irecê, voltadas para o uso de Software Livre que envolveu etapas de sensibilização, palestras, cursos e oficinas, reuniões com o prefeito da época, secretários municipais, Associação Comercial e clube dos Diretores Lojistas. Com a Câmara de Vereadores, além de reuniões, foi realizada uma Sessão pública no dia 12-05-2004, às 17 horas, que contou com a participação de todos os vereadores daquela casa, com o Poder Executivo Municipal, com a Universidade Federal da Bahia, com membros do Projeto Software Livre Bahia e SL Brasil.
A sessão contou também com a participação representativa da sociedade Ireceense, que se mostrou favorável à implantação do projeto apresentado. A idéia debatida e bem aceita defendia a criação de projetos de lei que dispusesse sobre a utilização de informática no município, sobre programas e sistemas de computador abertos pelos setores públicos no município universalização do acesso público à Internet e às informações digitais. A partir dessa reunião várias coisas já ocorreram no município, no sentido de consolidar uma política de inclusão sócio-digital.


Após vários debates e reuniões, foi montado o espaço físico para a implantação do Ponto de Cultura Ciberparque Anísio Texeira no espaço da Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação-UFBA/IRECÊ.Portanto, organizanisou-se um evento de inauguração em parceria com a Prefeitura Municipal de Irecê a UFBA/IRECÊ com ampla divulgação no município e Microrregião. O evento ocorreu no dia 24 de março de 2006, com a presença de representantes do poder público municipal (Prefeito, Vereadores e Secretários) e da Universidade Federal da Bahia, com a presença ilustre do Magnífico reitor Naomar e de Nelson De Luca Pretto, Diretor da Faculdade de Educação, bem como de autoridades locais.
O uso e as discussões sobre Software Livre em nosso município ainda são bastante novos, apesar de já ter sido implantado há mais de cinco anos. O SL chega em Irecê em 2003, com a implantação do curso. Aqui no município de Irecê á uma grande resistência por parte das pessoas para adotarem o Software Livre, por medo de não dominarem este programa por não ter conhecimento, por exemplo, as lojas de Irecê não divulgam o programa para seus clientes e apresentam apenas o Software Proprietário.

.Tanto as empresas privadas quanto os usuários poderão sentir que , por não usarem Software Proprietário “padrão” da indústria , terão prejuízo em sua habilidade de desenvolver-se na carreira profissional. Segundo Guia Livre (2005, p.72), “Mas até que o Software Livre seja largamente utilizado, a administração pública deverá enfrentar este obstáculo com freqüência e informar que a qualificação profissional de quem atua com o Software Livre é valorizada no mercado”.

Em pesquisa realizada no Ponto de Cultura, entrevistamos Rita de Cássia e Ariston Eduão, responsáveis pelo funcionamento e monitoramento do Ponto de Cultura, criado em 2003, e implantado em 2005, através do Curso de formação da UFBA vinculada a Prefeitura Municipal de Irecê. Eles conheceram o SL no Processo de Formação de Professores, 1ª turma do Curso de Licenciatura em Pedagogia- UFBA/IRECÊ.

O Ponto de Cultura Ciberparque, montam os telecentros nos povoado de Itapicuru e Meia Hora. Nas Escolas Municipais: Zenália Dourado Lopes, Luiz Viana Filho, Angical, Colégio Odete, Parque Ineny Nunes Dourado, com cerca de 10 computadores cada, todos operacionalizados com sistemas Livres, com uma hora diária de internet para cada usuário, com a parceira da Secretaria Municipal de Educação e do (gilix) -Grupo Irecê linux. Este grupo trabalha na formação desses jovens, oferecendo oficinas e cursos de capacitação para o uso de Software Livre dando apoio e suporte a todos os telecentros.

Esse trabalho se desenvolve em três comunidades rurais: os povoados de Itapicuru, Meia Hora e Angical, e dois com parceria do Tabuleiro Digital, Ciberparque e do PID - Programa de Identidade Digital do Governo Estadual, sediado no bairro Bradesco e no bairro São Francisco, em Irecê. O programa Software Livre e os telecentros do Ponto de Cultura têm beneficiado de forma significativa à população ireceense.

O Ponto de Cultura tem como objetivo preparar monitores para ajudar as pessoas na compreensão do funcionamento da máquina, através da formação técnica de jovens de 15 e 25 anos, e o curso de informática básica para todas as idades. Segundo entrevista feita à coordenadora do Ponto de Cultura Rita de Cássia (2009), ela nos afirma que,

Uma das ações do Ponto de Cultura é a disseminação da cultura e uso do SL, sendo divulgado em outros Territórios Baiano, tais como: Chapada e no Semi-árido.
após ter conhecido o SL e suas vantagens, focando principalmente na imunidade a vírus, seria contraditório continuar usando o SP. Considerado um dos maiores Projetos de Inclusão Digital da Região de Irecê, é o Tabuleiro Digital. É composto por 36 computadores conectados à Internet, trazendo informação a todos os munícipes de Irecê e Região. Funciona de segunda à sexta, das 08 às 21h, e aos sábados das 08 às 18h, e a procura é imensa em todos os horários.


Depois de termos feito esta entrevista, percebemos o quanto o Ponto de Cultura é importante, pois a equipe que lá trabalham é que dão suporte e manutenção aos computadores das escolas municipais de Irecê que usam ou não Software Livre e todos da comunidade Ireceense têm total liberdade de acesso ao Tabuleiro Digital, para fazerem suas pesquisas e desenvolverem seus conhecimentos no mundo tecnológico.


O Ponto de Cultura contribui bastante na nossa formação de professores, principalmente para quem não tem computador via Internet em casa, então buscam este local de apoio para realizar seus trabalhos da faculdade.


Ao visitarmos a Escola Municipal José Francisco Nunes, localizada no povoado de Itapicuru Irecê BA, vimos nitidamente a importância do Software Livre para estudantes e comunidade. Lá eles não têm dificuldades com a manutenção, pois têm um professor apto para lidar com os programas. Quando necessário, eles chamam pessoas do Ponto de Cultura Ciberparque Anísio Teixeira para ajudar naquilo que estiver fora do alcance do tutor o professor Nelson Rodrigues da Cruz Junior, que demonstra segurança e satisfação quanto ao uso do SL no que diz respeito as vantagens do mesmo.


Ele fala das mesmas vantagens citadas por outros entrevistados/as, como também por outras fontes de informações que estamos tendo no decorrer desse trabalho como: a Cartilha Software Livre, Além das Redes de Colaboração, os materiais explorados no site http://www.moodle.ufba.br/, exposto na página do Projeto Irecê.


Consideram que o Software Livre, para os trabalhos que são realizados por eles, não deixa em nada a desejar em relação ao Software Proprietário. Portanto, é desenvolvido um trabalho independente na escola de Itapicuru sobre as tecnologias, dando enfoque à comunicação, utilizando programa Linux Educacional, em que sempre que é acessada a Internet, ele fornece as atualizações gratuitamente.


Fomos até a Escola Municipal Luiz Viana Filho, pois tivemos conhecimento que aquela instituição foi contemplada em 2008 com um infocentro, com disponibilidade de 10 computadores, todos com o Sistema Operacional Linux Educacional instalado.


O monitor Dino Estevão conheceu o programa e aprendeu a fazer uso no Ponto de Cultura e Tabuleiro Digital, onde recebeu as primeiras informações, participando de capacitação como Agente Cultura Viva e atuando como voluntário por dois anos.


A escola recebeu o infocentro através do Proinfo- Programa de Formação de Informática um Programa do Governo Federal em parceria com o MEC e Secretaria Municipal de Educação. Este rapaz, morador de bairro periférico, compreende a importância da política do Software Livre em nossa cidade, e diz estar disposto a fazer divulgação em prol do mesmo.


Dino afirma que seus usuários, professores e alunos, não sentiram dificuldade para trabalhar com o software livre, a cada dia demonstram crescimento no manuseio e que esses usuários, hoje, sente-se incluídos no mundo digital, contando também com um telecentro para uso da comunidade em geral. O mesmo se encontra desativado temporariamente por falta de espaço, mas acredita que esse problema logo será solucionado, pois ele acredita no bom senso dos políticos da nossa cidade.


Entrevistamos o técnico da Empresa Baiana de Águas e Saneamento aqui em Irecê, o senhor Carlos Ribeiro. E com o diálogo que tivemos, percebemos que ele é uns dos cidadãos Ireceense que usa e defende o software livre de uma forma comovente.


Ele afirma que o motivo pelo qual levou-o a fazer a migração do programa Software Proprietário para o Software Livre foi por se tratar de um sistema com código fonte aberto, podendo a empresa adequar o sistema às necessidades da organização, com a finalidade principal de ser um programa com a filosofia de estudar, copiar, distribuir e modificar, Conheceu o programa através de curso promovido pela empresa, com bom material didático, em que puderam aprender com segurança.


Carlos Ribeiro acredita que o software livre ainda vai dominar o mercado de programas, onde todos serão beneficiados, por não gastar nenhuma fortuna para adquirir bons softwares e que um dia não ouviremos mais falar em software proprietário ou software pirata. Após as pesquisas que fizemos aqui em Irecê percebemos que o Governo do Estado não incentiva e nem investe nos órgãos públicos estaduais a usarem o programa Software Livre. Encontramos a penas esta empresa citada acima que usa apenas alguns aplicativos.


Ainda são poucas as empresas públicas e privadas que usam o software livre em Irecê, por medo de encarar o novo e acomodação, pois para quem nunca teve acesso a nem um programa de computador antes, é preciso explorar bastante pois as dificuldades são as mesmas. Na Embasa, também aconteceu assim, houve reações dos usuários "funcionários" dessa empresa, inicialmente todos se chocaram com a aparência e a maneira de se trabalhar no programa, mas não demorou muito para estes se familiarizarem com a nova interface do programa, e hoje gostam mais que dos outros com o qual estavam habituados. Carlos Ribeiro acha que usando o Software Livre algumas ações de conscientização serão desenvolvidas.


Considerações finais

Após tantas leituras, reflexões e pesquisas de campo que fizemos, tiramos muitas conclusões sobre a importância de usar Software Livre como, adotar padrões abertos que disponibilizam a qualquer usuário fazer as mudanças necessárias que quiser em qualquer programa; o nível de segurança proporcionado pelo Software Livre que é quase cem por cento mais seguro do que o Software Proprietário; eliminação de mudanças que os modelos proprietários impõem a seus usuários; a liberdade que os usuários têm de copiar e modificar quando quiser sem se preocupar com o produtor do programa.


Com estas descobertas e conhecimentos adquiridos sobre Software Livre, constatamos que as pessoas só têm a ganhar em adotar este programa com seus vários benefícios sem contar com as quatro liberdades e com o acesso ao código fonte que é um dos pré-requisitos para esta liberdade, também podendo navegar sem risco de vírus, que já são grandes vantagens para seus usuários. Acreditamos que este é o caminho, disseminar o uso do SL para todas as pessoas, mostrando que é um programa que vale a pena ter em seu computador.

Constatamos a importância de adotarmos o SL, por ser um programa em que os jovens estão inseridos e podem até modificar o código fonte, quem sabe sendo disseminadores de conhecimento da ciência tecnológica através dos programas criados e modificados com o código fonte.

Hoje existem vários jovens trabalhando no Ponto de Cultura Ciberparque Ansio Texeira em nossa cidade, com a capacidade de crescer no mercado de trabalho, como o caso do proprietário Moisés Filocre do Orca Linux Consultoria que começou como auxiliar no ponto de cultura e hoje é empresário, dando suporte e manutenção para as máquinas com o programa de SL.

Infelizmente não podemos mudar a todos, como por exemplo: existem escolas na rede Municipal de Irecê que ainda não adotaram o SL, mesmo com todas as informações trazidas por nós cursistas da UFBA, e as políticas públicas adotadas pelo Município de Irecê, alguns diretores de escolas resistem a esta adoção, mas no que depender de nós, iremos mudar este conceito arcaico dos diretores.

Precisamos agora estar mais atento a estas novas políticas públicas voltadas para o nosso município que são necessárias para a implantação do SL, que não inclua apenas as escolas, mas principalmente o comércio de Irecê. Cremos que seja um grande passo para promover cursos de capacitação aos comerciantes desta cidade para estarem mais aptos à atenderem seus clientes com informações necessárias sobre este programa que merece o nosso respeito, pois consideramos que é um programa que realmente respeita os nossos direitos de usar.

Portanto, a questão do SL está contextualizada em amplo cenário integrado, composto por ações de desenvolvimento tecnológico, inserção adequada do país na chamada “Sociedade da Informação”, promoção da cidadania, inclusão digital e racionalização de recursos.
Referências

IRECÊ. Plano Diretor Lei complementar 15/2008: Irecê, 2008.
Cartilha de Software Livre.Salvador:PSL.Bahia, ed Abril, 2005.
Rita de Cássia. Programa de Formação de Professores. UFBA. IRECÊ.Entrevista Feita no Ponto de Cultura. Exposição oral, novembro, 2009.
Software Livre: a Cibercultura em Irecê Disponível em http://www. moodle.ufba. br/course/view. Ph p? id=10061. Acesso em.Abril.2009
LIVRE, Guia, Referência de Migração para Software Livre do Governo Federal/ Organizado por grupo de trabalho, Migração para Software Livre. Brasília, 2005.














quinta-feira, 25 de junho de 2009

Universidade Federal da Bahia- UFBA
Faculdade de Educação- FACED
Curso de Licenciatura em Pedagogia
Ensino fundamental/séries inicias
CICLO DOIS-2009.
PROFESSOR: Iron Pereira
ATIVIDADE: Tópicos em Educação Matemática
PROFESSORA CURSISTA: Daniela Alecrim da Silva
Disciplina: Matemática
Série: 3° Ano do Ensino Fundamental-Grupo-08
Duração: 40 min
Tema Central: JOGO DO TA-TE-TI
Série: 3° Ano do Ensino Fundamental
Nº previsto de aula: 1
Duração: 40 min.

Planejamento da atividade do Jogo TA-TE-TI


Objetivos:

Desenvolver a capacidade de criar estratégias, rapidez de pensamento, organização e conceitos geométricos de linha e ponto
Despertar o gosto e o prazer pelo o jogo.
Respeitar e acolher Despertar o gosto e o prazer pelo o jogo.
Respeitar e acolher a voz e a vez do colega
Despertar o raciocínio lógico
Ter noção de espaço e lateralidade.

Conteúdo:
Geometria
Lateralidade
Raciocínio Lógico
Nocão de Espaço

Desenvolvimento:

Hoje nos vamos conhecer e praticar um jogo diferente. Este jogo é de dupla,cada jogador terá três peça de uma cor, Cada um deve colocar suas peças sobre os círculos demarcados no tabuleiro, uma de cada vez, alternando os jogadores, tentando formar as peças na vertical horizontal ou diagonal.
Depis de os jogadores colocarem todas as peças, o primeiro jogador move uma de suas peças para um dos círculos vagos que esteja interligado pelos traços
Os jogadores continuam deslocando suas peças, alternadamente, até que um dos jogadores consiga alinhar as três peças
Vence aquele que obtiver o maior número de vitórias em três partidas consecutivas.

Avaliação:

A avaliação será feita através da participação das duplas, a criatividade de manusear as peças criando suas próprias estratégias.Observando a capacidade do raciocínio lógico e a identificação das formas geométricas que estão inseridas no tabuleiro.A organização do tempo de cada um, e o respeito pela vez do outro evitando assim os confrontos durante o jogo.
Material utilizado para montar o jogo:
Folhas de oficio, lápis hidrocor, tampas pet coloridas,
Material do jogo:
Para cada dupla, um tabuleiro, e 6 peças, 3 de uma cor e 3 de outra.


Relatório sobre o jogo aplicado

O trabalho com jogos em sala de aula, possibilita várias estratégias significativas que apóiam o desenvolvimento do raciocínio lógico e incentivar a resolução de problemas.As crianças desde pequenas estão em contato com a variedade de jogos e brincadeiras assim, tornando-os mais confiantes e valorizando o seu esforço e a interação em equipe.A atividade escolhida para aplicação em sala de aula o jogo TA-TE-TI. Ao apresentar o nome do jogo perguntei se alguém já conhecia, muitos responderam que conheciam com outro nome e jogavam de outra maneira. Em seguida expliquei as regras do jogo e dividi a sala em duplas, depois que os alunos entenderão as regras do jogo, organizei-os no chão dando inicio ao jogo.
Diante das observações feitas durante o jogo, percebi que eles não tinham muitas dificuldades em jogar.
Durante o jogo observei que os alunos ficaram estimulados para brincar e não com expectativa de ganhar ou perder.Então, a cada dificuldade surgida eu ia fazendo algumas intervenções propícias para que os alunos compreendessem a função do jogo levando-os a perceberem que o mesmo tem suas regras e situações, para que aconteça de fato o procedimento proposto.No momento em que a dupla Anderson e Jean estava jogando fiz algumas intervenções:-Anderson qual peça você irá mover? se você mover com esta peça o que pode acontecer?-Jean você achou que Anderson fez a jogada certa, por quê? vocês têm que
observar como estar o jogo do seu colega.- Quem vai vencer o jogo a partir desta jogada?
Anderson porque você pensa tanto antes de jogar ?
_E você Jean sabe por que Anderson pensa tanto?
Um dos alunos chamado Marcos que não estava jogando até aquele momento. Por ter sido muito indisplinado até a hora do jogo. Decidi deixá-lo jogar, ele então me pediu que o deixasse ensinar a colega Cassiane que estava com dificuldade, então deixei e fui também observar essa jogada, ela colocou as três peças no sentido horizontal e o colega de jogo Carlos Eduardo também fez a mesma coisa do seu lado, claro cada um de vez alternadamente, Marcos pediu que Cassiane movesse a peça para o meio e Carlos moveu a sua peça para a lateral esquerda do tabuleiro, em seguida ela moveu a sua peça para o lado direito do tabuleiro, Carlos moveu a do meio do inicio do jogo dele, para o canto esquerdo do seu lado, Marcos o ajudante pensou bastante e pediu que a menina não fizesse nada ainda, perguntei por que? Ele me respondeu
-Estou pensando em um jeito dela ganhar, então ele moveu a peça do canto esquerdo de Cassiane para o próximo circulo a frente, Carlos Eduardo moveu a peça do canto direito do seu lado para o meio também do seu lado, ai ficou difícil para Marcos e Cassiane, Marcos moveu a peça do meio para o canto direito do lado de Carlos Eduardo, Carlos Eduardo sem atenção, sem estratégia de jogo e sem alternativa, foi para o canto esquerdo do lado de Cassiane, logo então Marcos moveu a peça do meio do lado de Cassiane para o canto direito da menina, ganhando o jogo com as peças na vertical .
Eu fiquei encantada com o amadurecimento e as estratégias de jogo que Marcos teve para ganhar, como você aprende mais observando quem joga.
Joguei com vários alunos e perdi feio eles tem uma capacidade incrível de descobrir que vai ganhar o jogo, não são todos que foram felizes no jogo mais uma grande parte.
No momento do jogo tudo ocorreu de maneira tranqüila, pois os que não interessaram pelo jogo, jogaram outros jogos que compraram no mesmo dia aqui na escola por um vendedor ambulante que passa de vez em quando pelas escolas aqui de Irecê.
Após as intervenções eles começaram a usar estratégias, observando o seu jogo e do colega. Eles paravam alguns minutos para pensar onde seria a próxima jogada.
Refleti bastante com as possibilidades que os jogos influenciam em nossa vida como podem amadurecer o pensamento e o raciocínio lógico, facilitando e contribuindo com as grandes façanhas do dia a dia. Como foi um momento significativo. Portanto, não basta querer ensinar matemática é preciso levar para a sala de aula um contexto, estratégias de pensamento e amadurecimento de idéias para que os alunos saibam argumentar e decidi quais possibilidades mais fácies e possíveis para tentar resolver os problemas e desafios encontrados no seu contexto escolar e só através dos jogos que as crianças, os adultos podem tem um desenvolvimento cognitivo melhor de assimilar as coisas ao seu redor

Referência:

Padovan,Daniela.Guerra,Isabel C.F..Milan, Ivonildes, S.. Matemática. Ed. Moderna 1° edição, São Paulo, 2001p.52.