quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Síntese



Através da leitura do texto LEI SIM, RÍGIDA NÃO, OU A MÃO DO SENADOR, do autor Pedro Demo que me envolveu como leitora, refleti sobre a proposta de educação para o Brasil, que aponta vários pontos interessantes do Direito à educação e o dever de educar, dos artigos 4°e 5° da nova LDB (Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) publicada em 1996.
Fiz um estudo reflexivo sobre a extensão progressiva da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio (Art.4°, II), segundo o texto do autor Pedro Demo.
Ele mostra que a uma complexidade de se garantir o comprimento das leis, que são mal interpretadas ou mal elaboradas, com isso acontecem os atrasos e fracassos na educação, principalmente na saída do primeiro grau (ensino fundamental das séries iniciais e finais) para o ensino médio.
Muitos alunos saem de uma série para outra do ensino fundamental, ainda despreparados cognitivamente e quando chega no ensino médio, continuam com dificuldades de aprendizagem, esses alunos não terão conhecimentos necessários para prestarem vestibulares ou concursos públicos .
Os alunos que são reprovados passam apenas a freqüentarem a escola sem a mínima vontade de aprender, com isso vai virando uma bola de neve sem tamanho, que vem prejudicando a cultura escolar do nosso país.
No (art.4°,I), ao estabelecer o dever do Estado com a educação escolar pública, garantindo “o ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que não tiveram acesso na idade própria”.
O autor continua afirmando, que deve considerar a escolarização anterior do aluno, detectando o que ele já sabe e o que precisa aprender, possibilitando a este aluno uma aprendizagem significativa e de qualidade, sem pressa de aprová-lo, porque quem será o maior prejudicado será o aluno, principalmente se ele ainda não dominar todas as competências necessárias para ingressar na próxima série
O que a Lei quer garantir, como aparece no inciso I do Art.4°, é apenas a permanência de todos na escola e que é dever do estado essa escolarização, ao criarem essa lei, preocuparam-se apenas com a freqüência de todos os alunos, deixando o compromisso de lado com o ensino de qualidade, crendo que a assiduidade fará um Brasil alfabetizado
Eu acredito que o sistema de ensino do nosso país, precisa de ações concretas já! Fazendo um processo de qualidade e não de quantidade, propondo encaminhamentos que atendam as demandas do ensinar e aprender.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Educação
Curso de Licenciatura em Pedagogia
Ensino fundamental/séries inicias
Atividade – Oficina da Palavra Escrita
Ciclo Um-2008.2
Professora –Licia Beltrão
Cursistas - Aleluia Cristina, Adair Neide, Ana Margarete, Daniela Alecrim, Edvãnia José, Gildete Ribeiro, Simone Nunes.

Trabalho em grupo

Musica: Palavras ao Vento
Cássia Eller
Composição: Marisa Monte/ Morais Moreira

Paráfrase

ANDO POR AI QUERENDO DISCURSAR
EM CADA ESQUINA EM QUALQUER LUGAR
VEJO AS PALAVRAS E TRAGO A ESPERANÇA EM MEU OLHAR
QUE ESSE UNIVERSO SEMPRE VIVA
EM MINHA VIDA
QUERO PODER CONTAR QUE ESSA PAIXÃO SEMPRE SERÁ

PALAVRAS APENAS
PALAVRAS PEQUENAS
PALAVRAS, MOMENTOS.

PALAVRAS, PALAVRAS;
PALAVRAS, PALAVRAS;
PALAVRAS AO VENTO

ANDO POR AI QUERENDO DISCURSAR
EM CADA ESQUINA EM QUALQUER LUGAR
VEJO AS PALAVRAS E TRAGO A ESPERANÇA EM MEU OLHAR
QUE ESSE UNIVERSO SEMPRE VIVA
EM MINHA VIDA
QUERO PODER CONTAR QUE ESSA PAIXÃO SEMPRE SERÁ

PALAVRAS APENAS
PALAVRAS PEQUENAS
PALAVRAS, MOMENTOS.

PALAVRAS, PALAVRAS;
PALAVRAS, PALAVRAS;
PALAVRAS AO VENTO...





Musica: É preciso saber Viver
Titãs
Composição: Erasmo Carlos/ Roberto Carlos



Paráfrase

QUEM ESPERA QUE AS PALAVRAS
GIRE FEITO UM PIÃO
PODE ATÉ BRIGAR COMIGO
OU FICAR NA SOLIDÃO

AS PALAVRAS ELAS EXISTEM
VOCÊS PODEM ESCOLHER
É PRECISO SABER DIZER


É PRECISO SABER DIZER
É PRECISO SABER DIZER
É PRECISO SABER DIZER
SABER DIZER, SABER DIZER!





Discurso

Queridos professores, diretores coordenadores, alunos e todos engajados nesse universo palavreal. É com enorme satisfação que estou aqui nessa noite, para falar a dona palavra:
Dona palavra faceira que entre um gingado e outro apodera de nossas vidas. Dona palavra ousada aparece tentadora que nos toma em seus braços e nos convida a bailar.
Outro dia ela chegou zangada e tinha nos olhos, um ar de crueldade que nos transforma em reféns. Dona palavra sorridente, exigente, elegante, no entanto nos faz tão bem.



Telegrama

Senhora palavra
Bem vinda
Festa palavras principal convidada
No aguardo palavras quentes, acolhedoras, molhadas, picantes...

O. P. E.
Projeto Vivendo no Mundo da Leitura

Duração: de 04/10/2008 à 25/10/2008


Justificativa:

Pensando nas enormes dificuldades da leitura existentes, nas escolas percebemos a necessidades de elaborarmos o projeto, vivendo o mundo da leitura com o objetivo fundamental de despertar o prazer da leitura em nossos educando.

Objetivo Geral:

Envolver os alunos em práticas de leituras que permitam a compreensão de diferentes textos com os quais se defrontam, buscando a formação de leitores competentes.

Objetivos:

Conceituais
v Relacionar situações de leituras com o seu cotidiano.
v Compreender os textos lidos.
v Ampliar seu repertório textual.

Procedimentais
v Ter acesso aos diferentes tipos de textos.
v Socializar experiências de leituras.
v Atuar como personagens.
v Presenciar atos de leitura.

Atitudinais
v Respeitar e ouvir os colegas nas atividades de leitura.
v Interessar-se pelas histórias lidas.
v Apreciar-se os diferentes textos.
v Valorizar a leitura com necessidade de conhecimento.


Etapas previstas:

Apresentação do projeto.
Contato freqüente e sistemático com diferentes tipologia textual.

Situações Favoráveis:

v Dramatização
v Gincanas
v Convidar contadores de história (do bairro)
v Visita a bibliotecas publica e de outras instituições de ensino.

Orientações Didáticas:

v Contadores de Histórias.
v Dramatizações.
v Socialização de Leitura.
v Debates.
v Compreensão Textual.
v Coros Falados.
v Gincana de Leitura.
v Intercâmbio.
v Reflexões de Leituras.
v Seleção de Textos.
v Leitura de Musica.
v Organização de Murais de Leitura pelos Alunos.
v Leitura de Imagem.

Recursos:

v Livros.
v Revistas.
v Fantoches.
v Microfones.
v Data Show.
v Cortinas.
v Câmera.
v Cola.
v Papel Metro.
v Tesoura.
v TNT.
v Cola Quente.
v Pistola.
v Som,CD,DVD.

Avaliação:

v Inicial.
v Processual.
v Final.
Escrita, experiência e formação-múltiplas possibilidades de criação de escrita





“Para escrever o aprendizado é a própria vida se vivendo em nós e ao redor de nós.

É que não sei estudar. E para escrever, o único estudo é mesmo escrever”.
Clarice Lispector



O trabalho feito com a língua escrita na escola me leva a indagar: na escola, há lugar de escrever para ler e ser lido ou tão somente para ser corrigido? Será que temos tido
a possibilidade de ler e de escrever e de aprender com essa práticas?

Diante desses questionamentos, abriu-se um leque de reflexões em meu pensamento sobre minha prática como professora. Trabalho no objetivo que meus alunos aprendam ler e escrever, observando-os e orientando-os sempre que leiam e escrevam, fazendo com que reflitam bastante sobre suas produções.A partir das dificuldades detectadas, trabalhamos coletivamente com diversas atividades problematizadoras de leitura e escrita para superarem a essas dificuldades, no entanto percebo a minha grande falha, trabalho apenas para que melhore suas produções tanto de escrita como de leitura, com a ação de corrigi-los e avaliá-los.
Pensarei minuciosamente quando meus alunos estiverem produzindo suas diferentes linguagens, dando a eles mais espaços para mostrarem o que pensam e sabem, oferecendo e deixando que criem diversos momentos de leituras e escritas, oportunizando ações concretas para que não temam a folha em branco quando estiverem produzindo, assim terão adquirido autonomia para poderem ter posições críticas, maduras e resistentes quando estiverem praticando suas escritas ao longo do seu percurso de formação.
Defendo a idéia de que para subverter os caminhos que prendem e moldam a palavra, através das formas de ensino praticadas na escola, a escrita precisa ser vista e trabalhada na escola como uma produção que não é útil, que não serve para nada, pois-não servindo-nunca correrá o risco de ser servil.
Analisando a forma e a importância da escrita no cotidiano escolar e social, entre tantas regras e restrições que são impostas na qual participamos, é preciso avaliar, observar e discutir ás diferentes formas de ensinar e aprender para que possibilite aos nossos educandos, espaços de opinarem, participarem, criticarem e registrarem suas escritas, incentivando-os a serem autores de suas próprias histórias e produções, e a histórias de outras pessoas, escreverem qualquer tipo de texto que gostou, criticarem os que não gostou, Ajudando a formarem indivíduos capazes de transformarem e buscarem um novo caminho, dando o valor necessário e original a palavra, seja ela oral ou escrita, descobrindo explorando o grande território infinito que temos em nossa volta.
Trabalhar com linguagem, leitura e escrita pode favorecer uma ação que convida à reflexão, a pensar sobre o sentido da vida individual e coletiva.
Quando registramos nossas vivencias, nossos conhecimentos e sentimentos. Abrimos nossos corações e mentes para uma consulta interior, para uma reflexão dos nossos atos e posturas fazendo uma releitura do mundo que nos cerca.
Relatório sobre o Projeto


Na primeira sexta feira do mês de outubro de 2008, às 8:00 horas da manhã, convidei meus alunos a participarem do projeto que eu e as professoras: Marisete, Cludijane, Aleluia Cristina e Adair elaboramos com o objetivo de ajudá-los a desapertarem o gosto pela leitura e enteresse por livros, mostrei para eles o livro que estava lendo de Markus Suzak, A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS e perguntei si pudia falar um pouco do livro, ficaram bastante interessados, -então lá vou eu!

O livro conta a historia de uma menina alemã, chamada Liesel. Era Uma menina magrela: braços e canelas em forma de cabides, ela tinha dez anos, uma criança triste e chorosa, pois havia perdido sua mãe. Devido à guerra que estava acontecendo na Alemanha naquele momento e, quem fosse contra a guerra (comunista) era levado ou morto. Liesel tinha um irmão, mas ele morreu a caminho da adoção, ela foi adotada pela família Hubermman.

Os pais adotivos chamavam-se Hans e Rosa, era um casal sozinho, pois seus filhos já haviam crescidos e não moravam com eles. Antes de chegar à rua Rimmel, numero 33, casa dos Hubermman, ela havia roubado um livro da neve que caia durante o enterro do seu irmão no cemitério, foi a única coisa que ela achou para guardar como lembrança, do irmão e de sua mãe. O nome do livro era: Manual do Coveiro.
-Agora que vocês conhecem um pouco do livro que estou lendo -Querem trabalhar esse projeto?- Sim pró
Todos queriam responder ao mesmo tempo então decide que falassem um de cada vez, a aluna Eluane respondeu:
- Pró achei essa história muito legal. Aluna Milene:
- Como essa criança sofreu.
Aluno Gilmar:
- Que livro grosso pró! A senhora lê um toda semana?
Claro que não, mais tenho muito que escrever toda semana, estava acostumada a escrever e ler pouco, como vocês, estou sofrendo muito sem ter pratica. Foram muitos questionamentos sobre o livro, a faculdade, mais o que mais me impressionou entre as discussões, foi o valor que eles demonstraram em saber que estudo também, me senti muito importante naquele momento.

Na segunda aula sobre o projeto perguntei o que vocês acham da leitura, por que lemos?
Respostas:
Para ficar inteligente
Para aprender mais
Deixar de ser burro
Ser alguém na vida...Gostei muito deste momento, são crianças produtivas, têm suas dificuldades, mais nem por isso, deixam de mostrar suas potencialidades e compreensão sobre tudo que levo para a aula.


Em uma manhã ensolarada, com pincel de quadro e saliva, cheguei na escola para dar aula, já eram 7:00, tinha o planejamento no caderno, mas tudo que estava planejado não daria certo, porque a maquina de xerox estava quebrada. Parei por um instante, e pensei... Resolvi transformar aquele dia, em um dia muito especial, quando os alunos acabaram de entrar na sala comvidei-os a encenar pela primeira vez uma dramatização que até então nunca tinham feito uma, as palmas aconteceram com alegria neste momento, todos amaram a idéia.

Mostrei-lhes a poesia que iriam apresentar: Por amor a rima de Miguel Sanches Neto. Na poesia tinha a fala de alguns animais e distribui-as para quem quisessem participar, os mais ousados, reivindicaram primeiro: Adila, George, David, Walasse, Breno e Gilmar, outros até quiseram, porém não deu para todos participarem, todos entenderam sem briga. Escrevi a poesia no papel, para que fosse feita a leitura coletiva e com isso peguei os fantoches representando cada animal e distribui entre eles e fomos ensaiando.

Depois de mais o menos uma meia hora, pegamos o cenário feito de tnt preto e fomos até as salas vizinhas oferecerem a nossa criatividade, todas as salas assistiram e bateram palmas sinal de aprovação, os alunos da turma que não apresentaram assistiram de camarote e em detalhes, pois foram também comigo e com os atores.

O interessante e que tiveram muita paciência em ver a mesma apresentação cinco vezes sem reclamar, que crianças nota dez eu tenho não é! Não é que a escola só tenha quatro salas, tem sete, mas uma estava lá fora na aula de educação física, jogando futebol.

Fizemos três dramatizações assim como esta com a fabula: A Formiga e a Pomba e a anedotinhas do autor Ziraldo, Festa no Céu, agora com uma grande diferença desta vez os outros alunos das outras salas, vieram assistir em nossa sala, e sempre colocava alunos diferentes para atuar. Sempre que terminava um dessas atividades a gente fazia uma avaliação de tudo que aconteceu, o que deu certo, o que não deu, para estarmos mais atentos e maduros quando formas encenar novamente.

Produzimos muitas atividades diversificadas, exploremos tantas poesias, suaves comoventes, alegres, engraçadas e deliciosas de ler, principalmente as do livro : Lápis encantado do autor Leo cunha, as famosas poesias de Vinicius de Moraes, textos interessantes do livro Rinoceronte Ri de Miguel Sanches Neto, complementando o vocabulário com; os contos, textos informativos sobre diferentes assuntos, as maravilhosas fabulas de Esopo, convites, receitas, anúncios, bilhetes....Uma infinidade de tipologias que imaginar, que possa adaptar a um grupo 07.

Chega na escola a tão esperada: Mala mágica encantada, conquistada no segundo encontro literário da rede municipal de Irecê. Trouxe para a escola a magia o encanto e as possibilidades que meus alunos precisavam para usufruir e livros novos, levei muitas vezes a mala para a sala, as crianças ficavam agitadas e entusiasmadas com fome de devorar todos aqueles livros que lá dentro estavam.

Nessa hora minha auto estima foi o mais elevado possível em vê naqueles olhinhos com tanta pureza e curiosidade de saber o que ali estava escrito. Minha turma si movimentou muito com as atividades novas que acontecia e as velhas que também acontecia, porém com cara nova é claro.

Aprendi muito com eles e refleti bastante sobre minha pratica penso que: Temos todas as possibilidades de leitura, o que não temos e a possível fluência de transformar os momentos livres em ação de leitura, pois só assim poderemos ter a mesma fome que uma criança tem de ler quando descobre a leitura que está dentro de si mesmo.

Interpretamos vários intercambio de leitura: aluno e aluno, pro e aluno alunos. Fizemos muitas trocas. Alunos de outras salas liam na minha, meus alunos iam às outras salas também independente de estarem trabalhando o projeto. Uma coisa muito legal, lê muitas vezes em voz alta, para assustar o “eu” que temos dentro de nós, do jeito ou dependente do momento, na hora h no dia d, não importava o prazer era total. Agora sei a importância de trabalhar sem piscar o universo da leitura, todos ficam comovidos, sei que não atingi o objetivo que gostaria de 100% alunos gostando de leitura, mas sei que ficaremos marcados uns nos outros para sempre.

Prestigiamos e apreciamos a leitura como pesquisa, instrumento de trabalho, equilíbrio, força e alimento para termos a vontade e o entusiasmo de voltarmos todos os dias para a escola.
O projeto foi trabalhado em quinze dias, mas a maneira de trabalhar vem sendo feita desde o inicio do ano, não foi feito através de uma seqüência, mas foi feito muito bem planejado.

A culminância do projeto foi maravilhosa em que eu, Marisete, Cludijane que trabalhamos no mesmo turno. Cada uma ficou com uma apresentação e unimos em uma sala e compartilhamos tudo, houve dramatização poesia, muita alegria e animação, uma festa de encanto e surpresas, pois teve até atores com encenações de um circo.

A diversão entre as Vírgulas

Em uma noite calorenta que o vento pouco soprava. Eu e muitos dos colegas do curso de pedagogia da ufba, a professora Licia Beltrão e várias palavras dentre as diversas que existem no mundo. Íamos todos ao espaço entre vírgulas, na hora h do dia d, comemorarmos a festa da palavra.

Ornamentamos todo o local com muita imaginação e criatividade, todos estavam ansiosos com as apresentações que iríamos fazer. Já sentados em círculo à espera de palavras, a professora Licia Beltrão, coordenadora da preparação da festa, nos orientou que iria ler um texto. Conforme o que lia, de uma forma criativa e sutil, chegaria à vez de cada grupo se apresentar e que prestássemos muita atenção.

Iniciou a leitura de forma encantadora com a primeira apresentação: O outdoor anunciando a festa das palavras, em seguida a exposição dos convites elaborados para todos os convidados; foram lidas também as publicações feitas nos jornais avisando a todos sobre a festa. Na seqüência foi à vez dos poemas serem manifestados, fizeram isso com muita alegria e carinho.

Chegou o momento tão esperado por meu grupo, a nossa vez de atuarmos. Cantamos as paráfrases das musicas:
Palavras ao Vento de Cássia Eller e É Preciso Saber Viver de Titãs. Todos ficaram surpresos e encantados, com as palavras que produzimos. Além da apresentação, eu Daniela, trajei-me de senhora palavra. Vestido rosa e longo, composto de ousadia, estampas com muitas palavras coloridas e brincos alongados em forma de palavras, eu estava mesmo uma figura bem espontânea, típica a uma festa como esta.

Fascinados com o desenrolar das atuações, para nossa surpresa, quando derepente levantou alguém, interpretando a escritora Cecília Meireles, recitando o poema: voou, deliciamo-nos com tantas palavras suaves e emotivas.
Sem sairmos do lugar, fomos até o universo paralelo para apreciar as vozes maravilhosas de Chico Buarque e Milton Nascimento com a música: Pai afasta de mim esse cálice, de vinho tinto de sangue. Fiquei orgulhosa e com emoção por está dentro do espaço entre vírgulas, flutuando no espaço musical, achei um show esse momento.

No entanto, pensei bastante na letra da música, que fala da violência no mundo, tantos seres humanos sofrendo brutalmente nas mãos de tantos outros que nem sei se tem ser humano dentro de si mesmos.Nessa hora suspirei forte para não deixar de acreditar na esperança de ver mudanças boas no mundo.

Em seguida houve um espetáculo. Um recital de poesias, com as mais belas palavras de Carlos Drummond, Roseana Murray e... Tantos outros escritores maravilhosos, interpretado por um grupo a “altura” do que liam.

Seguindo com as revelações, uma das colegas do grupo discursou para todos ali presentes principalmente a dona palavra, no discurso havia palavras criativas, chamativas, quentes, comoventes e muito mais. Depois de tanta afirmação, fomos à parte divertida, os sorteios e brindes e que brindes.

Foram sorteados livros de vários escritores famosos como: Machado de Assis e Monteiro Lobato, poemas, cartões postais, fotos, marcadores textuais, cartinhas, pergaminho, kit poesias, papéis de anotação, revistas, jornais, catálogos, folder e tantos outros brindes, que só quem gosta de ler poderia ganhar. Palavras: chamativas, comoventes, picantes e criativas. Nem bem respiramos, fomos surpreendidos com as melhores receitas refinadas de pratos deliciosos. Voltamos ao universo paralelo com a voz suave de Vinicius de Moraes em homenagem a 50 anos de bossa nova.

Já estávamos fartos de tantas falas, mas elas não tinham chegado ao fim. Em poucos segundos, li o telegrama que mandamos, pois foi nosso grupo quem o fez. Li em forma de mímica -adorei interpretá-lo foi um máximo. Leia com carinho. Foi escrito assim:

Telegrama
Senhora Palavra bem vinda
Festa palavras principal convidada
No aguardo palavras quentes acolhedoras molhadas picantes

Quando estávamos ali querendo ir embora, aparecem as palavras mais simples. Trajada de timidez, inocência e virtudes, normal para umas escritas tão misteriosas, sábias e fonte de todas as outras palavras que esperavam por ela.

Pediu desculpas e agradeceu a todos que vieram festejar, com um discurso de unidade e encanto, nos convidou a irmos até o espaço ufba, na rádio cybercultura que fica ao lado do espaço entre vírgulas agradecer a todos ao vivo. Os que a ajudaram e colaboraram para que a festa desse certo e citou muitos pensamentos de autores importantes que sabem usá-la tão bem.

No mesmo instante aparece a professora Licia maravilhosa com palavras sinceras e diz:
- Sei que tudo que fizeram foi nos mínimos detalhes, já participei de muitas festas, mas igual a esta nunca vi.
-Tudo foi feito na base do improviso, tiveram apenas 4:00 horas para confeccionarem tantas apresentações e artefatos lindíssimos para montarem essa festa tão linda, estão de parabéns.
-Confesso, se souber de alguém que esteja precisando de montadores e organizadores de festa, darei o e-mail do espaço ufba para localizarem vocês.


Finalizando a festa, dando um toque suave e cheio de magia a professora Licia Beltrão disse: O fio condutor e a base de fundamentos que me espirei para minha formação foram às escritas de Michael Batin. Oriento vocês que explore, aproprie-se do dicionário e dos textos alheios, vamos escrever sem parar, usar as palavras ditas e escritas como empréstimos, usar a capacidade intelectual de absorver o que lê e escreve, produzir com autoria e mostrar suas emoções e expectativas desse curso, não como avaliação; mas como vontade própria de mostrar o que fez bem feito.

O texto que produzi a cima me fez pensar e mostrou-me o quanto tenho dificuldade em expor minhas idéias no papel, pois não tinha o hábito de escrever com fluência. Escrevia por obrigação, sem vontade ou pela cobrança de alguém, com isso dificultou a minha liberdade de escolher escrever por prazer.

A cada dia busco inspiração e desejo de ler por vontade, interesse e obrigação por opção de necessidade, para que minhas idéias sejam bem conduzidas no papel e nas diferentes linguagens orais que irei experimentar durante todo o processo de aprendizagem no decorrer do curso. Diante de tudo que aprendi neste último dia da oficina palavra escrita, que enfrentaremos muitos desafios e provocações deliciosas, entendendo a importância de ler, escrever e interpretar a linguagem oral e escrita do mundo da leitura alheia.

Aprendi muito com esta festa, acredito que o objetivo da oficina era despertar em nós cursistas o interesse em conhecer e colocar em prática todas as tipologias textuais, porque este será um espaço muito explorado daqui pra frente. Adorei fazer parte da festa das palavras, senti vontade de levá-la até a escola na qual trabalho, mas percebi que também, posso juntamente com os colegas de lá produzir uma festa deste tipo com o objetivo de mostrar o mundo encantado existente dentro de nós e dos textos que são lidos por nós diariamente.